sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
De volta ao primeiro post
Meu mundo caiu
Meu mundo caiu.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Besta é tu
Ah, a juventude! Esta capacidade impávida de se indignar.
Sua leitura é translúcida: o Palácio é um bem público, portanto já pertence à comunidade cuiabana e mato-grossense. O governador, neste caso, está apenas dando uma destinação ao prédio, cuja histórico de ocupação, aliás, não é dos mais louváveis.
Não se agradece por aquilo que já temos, a não ser a Deus. Agradecer ao governador por nos dar uma coisa que nos pertence é quase confessar que essa coisa estava em mãos indevidas e que, enfim, nos é devolvida.
Dá pra elucubrar de montão, mas o que me move, nesta postagem, é registrar ao gênio que bolou o tal outdoor que a "comunidade" não é idiota como ele imagina. Besta é ele.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Lucy in the sky with demons
Chega, mais tarde eu tento de novo - pelo menos vou ter assunto para outra postagem. Tempo dcorrido desde o início desta gravação que ora encerro: 15:45.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Leitura!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Pergunta indiscreta
Você precisa de alguma coisa?
Uma pergunta simples difícil de ser respondida.
Provavelmente, no rol das prioridades, nos lembraremos primeiro do curtíssimo prazo: comida, bebida, uma ajuda para limpar a casa, estender-nos o livro que está na estante e que nós, por preguiça, não nos dispomos a pegar.
Depois vêm a lista de coisas que podemos chamar de médio prazo, considerando-se que, no mundo hedonista em que vivemos, uma semana é longo prazo: supermercado, bancos, padaria, escola das crianças, etc.
Por fim, o longo prazo: uma carona para a casa da sogra, ficar com as crianças para irmos ao cinema, trazer um pizza à noite, para evitar o movimento insano dos restaurantes no Sábado.
De que mais precisamos? De dinheiro, claro, mas esse, ninguém imagina que alguém peça quando se diz: “você precisa de alguma coisa?” Alguém, por acaso, diz: “preciso de alegria”, “felicidade”, “amor”, “paixão”, “tesão”, qualquer desses sentimentos que, traduzidos, querem dizer “vida”?
“Preciso viver”. Seria uma resposta. A única resposta sem data ou lugar para ser dita. Poderia ser atendido, tal pedido?
Provavelmente, se o perguntador for um médico, sairei do consultório com uma receita de algum prozac. Se for um padre, com uma bíblia. Se for minha mãe, com um pão feito na hora. Se for meu pai, com – aí sim, pode ser – dinheirinho extra no bolso. Se for um amigo, provavelmente haja um convite pra balada, pegar umas mulher, tomar umas, dar uma bolinha ou cheirar um pó. Se for um cachorro, ele não dirá nada, mas te entenderá.
E se for você mesmo perguntando? Você pra você? Qual a resposta? Tem?
Orgulho de pai
Mas voltando ao show, que fez parte da última noite do Grito Rock, vi a meninada desempenhar com muita alegria e competência alguns sucessos de bandas do momento entremeados com composições próprias, escritas - e aqui a razão do título - por meu filho, guitarrista e compositor da Maria Albina.
Até então, tenho incentivado sua paixão pela música e pelo instrumento, porque sei, por experiência própria, o quanto um violão serve de companhia e o quanto a música lava a alma. De agora em diante, terei que ir além desse lugar-comum. Ele está encarando a banda pra valer, chega a pensar em meio de vida. E isso, para um garoto de 16 anos e meio, cursando o terceiro ano do ensino médio, que passou no último exame do Enem para Medicina na Federal de Mato Grosso, é complicado. Para os pais, então, é um nó. A gente sabe que músico tem que ir aonde o povo está, tocar na noite, enfrentar madrugadas num palco qualquer. Eu conheci vários músicos, fui amigo de alguns e acompanhei-os noitada adentro. Sei, portanto, que o caminho de quem faz música Pop é esse, quase que invariavelmente. Dizer não a uma esticada depois da meia noite na companhia de amigos está cada vez mais difícil. Ainda mais quando me lembro da liberdade quase infinita que tinha nessa idade - meus pais moravam na fazenda e eu ficava praticamente sozinho na cidade, para estudar.
Os tempos eram outros, tento justificar. E eram. Éramos mais inocentes. Para nossos pais, no entanto, eram terríveis: Sexo, Drogas e Rock'n Roll. Hoje, pensando bem, apenas as drogas continuam assustando, pela imediata criação de dependência - vide o crack -, juntamente com seu subproduto mais perigoso, a violência. O sexo, com a Aids, deixou de ser livre e passa por um período experimentalista - virtual, alegórico - e o Rock é ouvido de mamando a caducando.
Estou em estado de xeque.