segunda-feira, 5 de abril de 2010

Triste fim

De novo - o tempo passa. Mas vamos aos fatos. Com a desincompatibilização dos candidatos à presidência - vou me ater a eles - está armada uma guerra fratricida que fará muito mal ao Brasil. Explico: Serra e Dilma, PT e PSDB, são como irmãos brigados; falam mal um do outro mas se reconhecem. Disputam o poder, dão chute na canela, mas não avançam no pescoço.

Esta campanha que se inicia pode levar a gestos mais violentos. A divisão meio a meio do eleitorado, a esta altura, faz prever uma disputa acirradíssima, em que, lá pelas tantas, alguém irá ultrapassar o limite do razoável. Não propriamente o candidato, mas as tropas reunidas em torno de um e outro nome. Aí é que mora o perigo. Ultrapassado este limite, após a eleição, ganhe quem ganhar, restará um campo de batalha conflagrado em que coiotes e hienas - leia-se DEM e PMDB (et caterva) - disputarão palmo a palmo as carnes dilaceradas do regime democrático. Não para pensá-las, mas para abocanhar espaços de poder. Coiotes e hienas, covardes, não se enfrentam jamais - apenas dividem, na calada da noite, os nacos do butim. Triste fim de um projeto que, em 16 anos de governo democrático - em que pesem acusações de vendilhões da pátria para os tucanos e mensaleiros para os petistas - deu esperanças para o povo brasileiro.

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